25.2.10

Código de Hamurabi

Sempre teve uma maneira muito prática de resolver as coisas, sua visão da vida era surpreendente, ilimitada, não havia tempo e nem lugar para viver da maneira que lhe cabia, suas atitudes eram geradoras de opiniões oscilantes, assim como tudo em sua vida, dia vivia em um mar revolto, dia vivia em águas calmas de um rio.Mas sempre mantendo a sabedoria de dosar muito bem as mudanças climáticas de seu ambiente,dono de um carácter duvidoso e ao mesmo tempo admirável, era a contradição em seu ponto alto, dificilmente de ser traduzido,mas facilmente de ser compreendido.Nunca pude presenciar seus grandes momentos, mas suas historias ficaram marcadas em mim, sou parte de um leão, de um rei que abandonou sua Babilônia, em minhas veias corre o seu sangue, tenho em mim os seus traços, meus olhos são seus, cada parte de mim um dia fez parte de você, o ciclo se completa a cada amanhecer.Nunca foi um bom moço, sempre foi malandro, amante da boemia e de belas mulheres, a vida lhe caía muito bem, a noite era o cenário perfeito, a rua era seu palco favorito, tinha um faro apurado, era astuto, de uma sabedoria que de respeitava a lógica, havia vida em seus passos, havia muito que jamais poderíamos descobrir, havia um admirável homem e que jamais revelava suas fraquezas.Mas em um baile de mascaras, ele resolveu beijar a mascarada mais misteriosa da festa, encantado, ficou em sua companhia até o termino do Carnaval, onde prolongou seus laços com a mascarada, levando-o para sempre, deixando apenas longas quartas-feiras de cinza.

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